Reitor da Unimontes busca apoio da Câmara
Na manhã desta quarta-feira (22), os vereadores da Câmara de Montes Claros, receberam o reitor da Unimontes, Wagner Santiago, para ouvir as demandas da universidade e também do Hospital Universitário Clemente de Faria (HUCF). Recentemente o HUCF fechou 37 leitos, o que acabou sobrecarregando o hospital que entrou com plano de contingência – o Hospital Universitário é o único de Montes Claros 100% SUS.
Segundo o reitor da Unimontes, Wagner Santiago, que também é responsável pelo Hospital Universitário Clemente de Faria, assim que ele assumiu a gestão (no início deste ano) foi informado que 220 funcionários foram desligados da instituição e para não sobrecarregar os servidores que continuaram seus serviços, foi necessário reduzir o número de atendimentos.
“O desligamento dos servidores já era previsto, pois, tinham contrato temporário. Para que eles pudessem continuar era necessário ter feito um levantamento mostrando a importância de manter os leitos e quem sabe até aumentar a quantidade. Entretanto, isso não foi feito”, esclareceu o reitor.
Outro ponto abordado pelo reitor Wagner foi em relação a falta de emendas parlamentares (estaduais e federais para o hospital). Segundo ele, o recurso enviado para ser investido no setor da educação da Unimontes não pode ser realocado na saúde e por isso é necessário unir forças com a Câmara de Montes Claros para juntos possam mostrar ao Governo de Minas a necessidade de melhorar a infraestrutura da unidade hospitalar.
O reitor ainda explicou que devido a Lei de Responsabilidade Fiscal não é possível contratar funcionários nem oferecer aumento. E que a Unimontes como um todo tem dois deficit: mão de obra e estrutura física. “Não temos pessoal e alguns prédios precisam de reforma e outros construídos”, defendeu Wagner, que ainda mostrou a necessidade de implantar novos cursos, como o de psicologia que está no papel há 15 anos.
SOLUÇÃO
Wagner Santiago ponderou que o Governo de Minas pediu que a Secretaria de Planejamento e Gestão do Estado (Seplag) fizesse um levantamento das necessidades do hospital, bem como o número de pessoas atendidas diariamente, para depois analisar se é possível contratar mais pessoal, reabrir novos leitos e quem sabe até abrir um concurso público.
“Também vimos que a união de forças do setor produtivo com o Poder Público podemos avançar ainda mais. O HUCF não é somente um hospital-escola, ele tornou referência em atendimento em todo Norte de Minas”, finalizou.
CÂMARA EM AÇÃO
O presidente da Casa, vereador Junior Martins (Cidadania) enfatizou que o Hospital Universitário é referência em todo Norte de Minas, onde é oferecida diversas especialidades médicas gratuitas. A presidente da Comissão de Saúde da Câmara, vereadora Maria Helena Lopes (MDB) pontuou que com a desativação de 37 leitos, os outros hospitais ficaram sobrecarregados. “A redução de leitos significa a diminuição de acesso as pessoas que recorrem ao SUS para atenção a saúde”, disse a parlamentar.
Após ouvir as demandas, a Câmara enviará uma moção de apoio ao Governo de Minas, solicitando todas as demandas apresentadas pelo reitor. O primeiro-secretário, vereador Igor Dias (União Brasil) destacou que o documento deve ser encaminhado para todos os deputados da bancada do Norte e nele deve conter todas as fragilidades do hospital, destacando a importância dele para Montes Claros e região.(Asco/CMMOC – Christine Antonini)