Audiência cobra nomeação de aprovados no concurso do HUC

A Câmara de Montes Claros realizou na noite dessa segunda-feira (14), a audiência pública para discutir a situação dos aprovados na lista de espera do concurso público do Hospital Universitário Clemente Faria. O vereador proponente, Rodrigo Cadeirante (Rede), destacou que o objetivo da audiência foi ouvir e debater sobre o impasse em relação à morosidade em não nomear os aprovados excedentes no concurso realizado em 2018.

A secretária Municipal de Saúde, Dulce Pimenta, falou sobre a rede hospitalar em Montes Claros e ressaltou que o HU, além de ser o único ser 100% SUS atende não só o município, mas toda a macrorregião Norte, Jequitinhonha e Noroeste. “A nossa rede é insuficiente para atender os 101 municípios e isto já é visível. Temos um grupo de trabalho que vem discutindo a situação na saúde. O município acionou o governo do Estado em busca de uma solução para situação do HU para poder continuar prestando os serviços.”

O presidente do Conselho Municipal de Saúde, Cleison Rodrigues, informou que tem acompanhado a instabilidade do HUCF. “Chega-nos a notícia de que tem um prazo terminando e outro de 60 dias. Quanto aos concursados, acompanhamos o martírio que eles estão enfrentando e estamos juntos. Que esta audiência sirva para nos fortalecer”, disse.

O presidente do Sindsaúde, Avilmar Nunes, afirmou que já foram feitas várias solicitações junto ao governador Romeu Zema e não receberam respostas sobre as nomeações. “Defendemos que os concursados têm que ser nomeados. O HU está com grande demanda e estamos sobrecarregados. Queremos os concursados aprovados que estão na lista”, reivindicou.

O superintendente do Hospital Universitário Clemente de Faria, Carlos Eduardo Mendes D’Angelis, enfatizou sobre a esperança de que a audiência sirva para fortalecer a cobrança que os concursados estão fazendo. “Tudo faz parte de uma negociação, como prometer uma assistência se não temos como pactuar? Todas as vagas do concurso foram preenchidas pelos aprovados, os que ficaram na lista de espera podem ser aproveitados e o prazo vence em 2024, podendo ser prorrogado até 2026. Para isto, está sendo realizado um estudo para atender as demandas”, comentou.

A representante dos concursados, a enfermeira Celina Oliveira, assinalou que a preocupação é o prazo que vai vencer em janeiro de 2024 e por isso, conta com o apoio de vereadores, deputados e do governador para que os excedentes da lista de 2018 sejam nomeados.

A vice-presidente da Casa, vereadora Maria Helena Lopes (MDB), que preside a Comissão de Saúde da Câmara, propôs uma visita ao presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Tadeuzinho, para acertar uma audiência pública e expor a situação dos concursados aprovados que estão na lista de espera para que sejam nomeados. “Queremos um HU equipado para atender a nossa população e os concursados que foram aprovados que sejam efetivados”.

A vereadora ressaltou que uma audiência proposta pelos deputados, o governo vai ouvir.

Os vereadores Daniel Dias (PC do B), Iara Pimentel (PT), Cláudio Rodrigues (Rede), Julinha da Pastoral (Podemos), Aldair Fagundes (Cidadania) acompanharam a solicitação da vereadora Maria Helena e defenderam, ainda, o pagamento integral do piso salarial da classe, bem como, mais investimento no HU e a nomeação de todos os aprovados no concurso, antes do prazo que se espira, em janeiro/2024.

Sobre o pedido

O concurso foi realizado em 2018, homologado em 2021 e suspenso por um ano, por conta da pandemia da Covid-19, retomando a contagem em 2022. Em 2023, o governador Romeu Zema fez as nomeações dentro do limite de vagas previstas no edital, mas, para preencher vagas excedentes, optou por fazer contratações, em detrimento da nomeação dos aprovados na lista. Como o prazo de validade do concurso expira em janeiro de 2024, torna-se urgente uma solução para que os remanescentes da lista não sejam prejudicados. (Ascom/CMMC)