Jornalista Luiz Ribeiro vence 2º Prêmio Mercantil de Jornalismo

 Jornalista Luiz Ribeiro vence 2º Prêmio Mercantil de Jornalismo

Luiz Ribeiro alcança 67 premiações em trabalhos individuais e em equipe

O jornalista norte-mineiro Luiz Ribeiro conquistou o primeiro lugar no 2º Prêmio Banco Mercantil de Jornalismo – categoria Mídia Online, promovido em nível nacional (Capitais e Regiões Metropolitanas). Iniciativa do Banco Mercantil do Brasil, o concurso teve como tema “O valor da Pessoa Idosa” e mobilizou profissionais de todo país. A questão esteve em destaque na última terça-feira, primeiro de outubro, Dia Internacional do Idoso.

Luiz Ribeiro venceu o Prêmio Mercantil de Jornalismo com a série de reportagens “A era de ouro da geração prateada”, em formato multimídia, publicada pelo portal UAI/ESTADO DE MINAS nos dias 26 e 27 de agosto passado. O repórter trabalhaou na produção jornalística ao longo de três meses.

Natural de Francisco Sá e residente em Montes Claros desde a infância, Luiz Ribeiro é o jornalista mineiro mais premiado do país. Ele ocupa a 17ª posição no ranking dos Jornalistas Brasileiros Mais Premiados de todos os tempos, pesquisa do newsletter Jornalistas & Cia. O profissional do Norte de Minas já figurou como vencedor de 67 concursos jornalísticos regionais e internacionais, por trabalhos individuais e em equipe.

Em 2023, conquistou o Prêmio CTN de Jornalismo – categoria Grande Prêmio, premiação máxima da imprensa nacional na atualidade, promovida pela Confederação Nacional do Transporte (CNT). O repórter norte-mineiro é o maior ganhador nacional do Prêmio Banco do Nordeste de Jornalismo em Desenvolvimento Regional (laureado em nove edições). Também figura entre os maiores vencedores de outros concursos como o Prêmio Sebrae de Jornalismo e o Prêmio CDL/BH de Jornalismo.

Conforme os organizadores, o Prêmio Mercantil de Jornalismo deu visibilidade a temas importantes para a geração 50+ e buscou que buscou fomentar a produção de conteúdos que combatam o etarismo e promovam uma atitude mais positiva e respeitosa em relação aos idosos.

Na linha da inclusão, a série de reportagens “A era de ouro da geração prateada” mostrou que até mesmo os mais idosos podem se manter plenamente capacitados, funcionados, dotados de autonomia e úteis.

O repórter Luiz Ribeiro documentou e mostrou vários exemplos de pessoas com mais de 80 anos que seguem a rotina de atividades diárias, reforçando a importância de se combater o etarismo, além de provar que não existe limite de idade para realizar sonhos. A série de reportagens revelou dados inéditos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que demonstram que o contingente de homens e mulheres da geração prateada cresceu nas últimas décadas. O censo demográfico de 2022 apontou que o Brasil alcançou 32,113 milhões de habitantes com 60 anos ou mais, quase 16% da população total do país.

Uma das integrantes da geração prateada é a escritora, advogada, aposentada e, aos 86 anos, caloura de medicina Maria da Glória Caxito Mameluque. Viúva e avó, dona Glorinha, como é carinhosamente conhecida, acaba de retornar à sala de aula para se tornar médica, após ser aprovada em primeiro lugar no vestibular da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) para vagas de graduação destinadas a candidatos com 60 anos ou mais.

Também foi abordada a história do pequeno produtor aposentado Oliveiro Batista de Oliveira, do alto de seus 94 anos. “A gente nunca pode parar de trabalhar”, resumiu Oliveiro. Luiz Ribeiro acompanhou a rotina do aposentado e da mulher dele, Coleta Soares de Oliveira, de 88 anos, no sítio da família, na zona rural de Montes Claros. Lá, a rotina é levantar cedo e cuidar das atividades da propriedade: tirar o leite das suas duas vaquinhas, dar milho para as galinhas, tratar dos porcos, molhar as plantas… Também cuida da ração para as reses e para um burro que cria.
Dona Coleta, além de ajudar o marido nos serviços do sítio, cuida das outras atividades domésticas. “Eu me sinto muito bem”, conta ela que, como resultado da união de 63 anos com o marido, gerou uma descendência numerosa: são sete filhos, 21 netos, 16 bisnetos e um trineto.

Aumento da expectativa de vida

Outro aspecto destacado é que a expectativa de vida no Brasil, que era de 65,7 anos em 1980 e subiu para 75,5 anos em 2022, segundo o Censo do IBGE. O presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa (CNDPI), Raphael Castelo Branco salienta que não só a longevidade, mas a qualidade de vida dos idosos também melhorou. “Acreditamos que, muitas vezes, as inovações, cuidados com a saúde, acesso a medicamentos e outras políticas públicas podem, de fato, contribuir para um ganho não só de autonomia, mas de protagonismo da pessoa idosa”, avalia.

Há uma tendência de envelhecimento da população brasileira, processo que deve se intensificar nos próximos anos, observa a geriatra Luciana Colares Maia, doutora em ciências da saúde. Ela salienta que o percentual de pessoas com anos ou mais que, segundo o Censo 2022 do IBGE é de 15,8%, deverá chegar a 30% em 2050. “As pessoas atualmente adultas serão idosas. Devemos nos preparar para isso”, afirma a especialista, coordenadora do Centro de Atenção ao Idoso do Hospital Universitário Clemente de Faria, da Universidade de Montes Claros (Unimontes). (C.S.)

 

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