Operação Efialtes é deflagrada para desarticular esquema criminoso envolvendo agentes públicos

 Operação Efialtes é deflagrada para desarticular esquema criminoso envolvendo agentes públicos

O Ministério Público do Estado de Minas Gerais, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO – Regional de Montes Claros), em apoio à 1ª Promotoria de Justiça de Montes Claros/MG, em conjunto com a Corregedoria Geral de Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), deflagrou na manhã desta quinta-feira, 12 de dezembro de 2024, a OPERAÇÃO EFIALTES.

As investigações foram iniciadas a partir do encontro fortuito de provas advindos da “Operação Provérbios, 13:11” que, em dezembro de 2023, desarticulou organizações criminosas dedicadas à lavagem de capitais oriundos de práticas delitivas variadas e habituais, a exemplo de agiotagem, falsidade documental e a exploração ilícita de jogos de azar.

Como resultado das medidas investigativas adotadas, apurou-se a integração de policiais civis às citadas organizações criminosas, os quais, valendo-se indevidamente de suas funções públicas e desfrutando do indevido recebimento de vantagens e recursos ilícitos, garantiram a continuidade e o sucesso das práticas delitivas, especialmente mediante:
• Repasse de informações sigilosas e de inteligência em benefício das agremiações criminosas;
• Divulgação de informações sobre operações policiais para os líderes das organizações criminosas, de modo a protegê-los de intervenções e abordagens policiais;
• Pressão e afastamento de concorrentes na exploração de jogos de azar, mediante utilização das estruturas dos órgãos do sistema de justiça criminal, por determinação dos líderes da• Prática, em conjunto com os líderes das ORCRIM, de agiotagem e lavagem de dinheiro;

Demonstrou-se, ainda, a existência de indícios veementes da prática dos crimes de corrupção ativa e passiva, prevaricação, violação de sigilo funcional e lavagem de dinheiro, em regime de organização criminosa, além de outros delitos correlacionados.
Foram cumpridos 7 mandados de busca e apreensão em residências e locais de trabalho dos agentes envolvidos, na cidade de Montes Claros/MG. Também foi determinado: o afastamento do cargo, inclusive com proibição de acesso e frequência a prédios da Polícia Civil; suspensão de senhas e de qualquer forma de acesso a bancos de dados próprios das forças de segurança pública; suspensão do porte ou a posse de arma de fogo funcional e de uso privado.

Além disso, foi determinada a indisponibilidade de bens (móveis e imóveis) e valores, bem como a apreensão de um veículo utilizado por um dos investigados.

Participam da operação 6 Promotores de Justiça, 2 servidores do Ministério Público, e 32 policiais civis, sendo 8 Delegados de Polícia, 19 investigadores e 5 escrivães.

As investigações continuam e o processo corre sob segredo de justiça.

As medidas deflagradas no presente dia só foram possíveis com o inestimável apoio da Corregedoria Geral de Polícia de Minas Gerais, contra pontuais integrantes da PCMG em desvios de conduta.

O Ministério Público ressalta, por fim, sua plena confiança na instituição da Polícia Civil de Minas Gerais e, por conseguinte, em seus honrados e íntegros servidores.

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