Palhaça Brigite Guardô visita o Norte de Minas

 Palhaça Brigite Guardô visita o Norte de Minas

Jornada da protagonista do livro “Alegria não se encaixa” inclui visita ao Parque Nacional Grande Sertão Veredas, encontro com estudantes em Januária e vai ser registrada em audiovisual

Quando a palhaça Brigite Guardô partiu em busca de sua inseparável bolsinha, que havia sido roubada pelo Mico, no livro “Alegria não se encaixa”, ela mal podia imaginar a multiplicidade de lugares pelos quais iria passar e as transformações que aconteceriam ao longo dessa jornada. Agora, ela dá início a um novo percurso e vai ao Norte de Minas Gerais ver de perto pessoas cuja vida ela já marcou, e celebrar o poder do encontro. Brigite viaja para conhecer de perto estudantes da Escola Estadual Claudemiro Alves, em Januária, que foram sensibilizados pelo seu livro. A viagem vai ser registrada em vídeo e posteriormente transformada num filme viabilizado pela Lei Paulo Gustavo.

Tudo começou com uma primeira passagem de Brigite pelo Parque Nacional Grande Sertão Veredas, em 2022. Lá, conheceu a professora Maria Rosecley, moradora do distrito de Serra das Araras, no município de Chapada Gaúcha, onde fica o parque. Encantada por suas histórias, a atriz Lilian Amaral, que dá vida a Brigite, enviou para Rose, como é mais conhecida, um exemplar de “Alegria não se encaixa” quando retornou a Belo Horizonte. Ela digitalizou o livro e enviou uma cópia em PDF para a escola Claudemiro Alves. Mesmo em formato virtual, o livro fez sucesso entre alunos e professores ao explorar, de forma lúdica, como apenas uma palhaça sabe fazer, temas como respeito à diversidade, educação e amizades.

A palhaça/escritora foi então convidada para uma videoconferência com os alunos, em que contou sobre sua história e seu processo de criação artístico. Após esse emocionante e inusitado encontro, Brigite enviou exemplares físicos do livro para o acervo da biblioteca da escola. Em 2023, nova surpresa: para homenageá-la, os estudantes e professores, junto à escola, decidiram torná-la patrona de uma sala de aula, tamanho o impacto de seu trabalho-livro no cotidiano escolar.

Brigite agora retorna para novos encontros, começando pela visita a Rose, que deu início a essa história, em Serra das Araras. Na sequência, uma nova ida ao Parque Nacional Grande Sertão Veredas, onde além de explorar toda a riqueza natural, a palhaça conversa com a guia do parque e multiartista Diana Campos sobre a importância da literatura e o impacto da referência da obra de Guimarães Rosa para a região. Por fim, ela vai até Januária, onde vai visitar a Escola Estadual Claudemiro Alves para conhecer estudantes, professores e demais profissionais, e conversar com eles sobre a importância que os temas da diversidade e amizades tomaram dentro da escola.

“Quando a escola me procurou, a gente estava saindo da pandemia, do isolamento. Pensar que, enquanto estávamos presos, o livro andou tão longe, deu esperança e dimensão da potência dos fazeres artísticos que acham caminho para encontrar o público e, nesse caso, abriu/construiu caminho para a Brigite chegar”, diz Lilian. Ela e Brigite vão com a bolsinha cheia de alegria e a expectativa para esses bons encontros e esperam trazer novas histórias e grandes amizades. “O palhaço vive no encontro com o público, a oportunidade de encontrar novas pessoas, novos lugares e até um novo formato de comunicação, que é o audiovisual, traz novas perspectivas, repertório e alcance”.

Percurso

Brigite Guardô é a palhaça da atriz Lillian Amaral, que criou a personagem há dez anos e possui uma trajetória artística que se destaca pela qualificação da relação construída junto às pessoas. Trabalhou durante muito tempo em organizações da sociedade civil voltadas para a prática da palhaçaria, como a Sociedade do Riso, em Belo Horizonte, formada por palhaços e profissionais de outras áreas que fazem do riso uma ferramenta de transformação desde 2013.

A palhaça foca na relação com as pessoas como matéria-prima para seu processo criativo. Neste projeto, ela privilegia a relação com as crianças e adolescentes e demais pessoas da comunidade escolar: professores, pedagogos, coordenadores, estagiários, merendeiros, pais e mães de estudantes. Trata-se de uma volta no tempo para que Brigite possa reencontrar as mulheres – professoras – responsáveis pela chegada de seu livro até a escola de Januária e as crianças – alunas – que, ao se encantar com o livro, a elegeram patrona de sua sala de aula.

Brigite Guardô no Norte de Minas – Roteiro de viagem
14/08 – Encontro com Rose, em Serra das Araras
15/08 – Visita ao Parque Nacional Grande Sertão Veredas
17/08 – Chegada a Januária
19/08 – Visita à Escola Estadual Claudemiro Alves
20/08 – Apresentação do espetáculo “Alegria não se encaixa” na praça da cidade, na feira agroecológica e cultural

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