TCE identifica irregularidades na Santa Casa de Montes Claros
A equipe de auditores do Tribunal de Contas mineiro está realizando as fiscalizações nas unidades de saúde de todo o estado. O Hospital da Santa Casa de Montes está entre os hospitais fiscalizados, onde apresentou algumas irregularidades, como: medicamento com prazo de validade vencido, superlotação e atendimento de pacientes nos corredores, como banheiros sem papel e em más condições de higiene, e controle de ponto frágil.
A Fiscalização Ordenada da Saúde acontece de forma simultânea em todo o estado e tem o objetivo de analisar como está sendo feita a prestação de serviços nas unidades públicas de saúde.
No terceiro dia de fiscalização, nesta quinta-feira (07/11), os servidores do TCE identificaram ambulâncias com pneus desgastados e sirenes estragadas, pacientes recebendo medicações nos corredores, contrato para prestação de serviço de controle de pragas rescindido, macas deterioradas e ausência do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (ACVB).
No Hospital Regional Dr. José Américo, em Barbacena, na região do Campo das Vertentes, foram achados equipamentos aguardando manutenção desde 2021 e medicamentos armazenados de forma incorreta. Os analistas do TCE também encontraram 3 aparelhos de Raio X móveis e um fixo sem funcionamento. Algo não muito diferente acontece na UPA de Passos, no sudoeste de Minas, que o aparelho de Raio X está sem operação, pois está esperando a instalação desde 8 de janeiro do ano passado.
Subindo no mapa de Minas Gerais, no Vale do Rio Doce, em Governador Valadares, a dupla de servidores que fiscalizou a UPA 24 horas Vila Isa constatou medicamentos guardados de maneira errada e fora do prazo de validade, assim como no Hospital Santa Casa de Montes Claros, no Norte de Minas, a quase 500 quilômetros dali. Já no Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Pará de Minas, o armário de armazenamento de remédios controlados sequer é trancado.
No mesmo hospital em Pará de Minas, há três máquinas de autoclave, usadas para esterilizar materiais: uma em desuso, outra aguardando reparo e a última está com validade de calibração vencida. Macas posicionados em corredores para atendimentos de pacientes não é algo incomum. Só nas visitas feitas no fim da tarde e noite de ontem, nas unidades de Valadares; Passos; no Hospital Arnaldo Gavazza, em Ponte Nova; na UAI Morumbi de Uberlândia; e na Unidade de Pronto Atendimento José Belchior, em Campo Belo foram encontrados doentes recebendo assistência em corredores de passagem.
Outro apontamento constante é a fragilidade no controle de frequência da equipe médica, como em Cruzília, no Hospital Dr. Cândido Junqueira. No Hospital Antônio Moreira da Costa, em Santa Rita do Sapucaí; na UPA Dom Oreone, de Ouro Preto; e no Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Pará de Minas, foram observadas marcações de pontos com registro antecipado. (Ascom TCEMG)