Vereador é preso por compra de votos
Na tarde desta terça-feira (24/9), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu em flagrante, por corrupção eleitoral, o presidente da Câmara Municipal de Taiobeiras , Warley Costa de 48 anos, suspeito de oferecer dinheiro a eleitores em troca de voto e de apoio político para a sua candidatura à reeleição ao cargo de vereador, em Taiobeiras, região Norte do estado. O investigado é o atual presidente da Câmara Municipal.
A prisão do homem ocorreu após denúncias de testemunhas que presenciaram o atual vereador entregar dinheiro para alguns moradores da cidade, com intenção de comprar o voto deles.
No decorrer das diligências, os policiais civis deslocaram até a residência destes eleitores que, em tese, teriam recebido os valores. Em depoimento, eles confirmaram os fatos e alegaram que o candidato teria adentrado na casa de um deles para conversar, posteriormente, teria retirado a quantia de R$ 200 reais do bolso e dividido entre os presentes. Segundo relato, ele ainda teria entregado “os santinhos” com o número do seu telefone no verso e solicitado a eles que conseguissem mais votos para ele.
O delegado da Polícia Civil, Thiago Cavalcante, que conduziu a apuração, contou que na casa dos eleitores a equipe apreendeu cartões e panfletos distribuídos pelo candidato. “Em continuidade com as diligências, a equipe verificou as imagens de circuito de monitoramento nas adjacências e comprovou que o investigado havia comparecido no endereço dos eleitores, no horário relatado pelas testemunhas”, explicou.
Após o avanço da investigação, que contou com provas técnicas e relatos testemunhais dos eleitores sobre a tentativa de compra de voto, o suspeito foi localizado, preso e conduzido para a delegacia. Ele teve a prisão ratificada. “ O conjunto probatório colhido robusteceu os vestígios de autoria e materialidade delitiva do crime previsto no artigo 299 do Código Eleitoral. O artigo trata da conduta de oferecer ou prometer vantagem/ dinheiro ao eleitor em troca da obtenção de votos, ainda que a oferta não seja aceita”, explicou Cavalcante.
Após pagar fiança, o suspeito foi liberado, mas as investigações continuam para concluir o inquérito e responsabilizá-lo pelas irregularidades.