Unimontes sedia a IV Conferência Regional pelo fim da violência contra as mulheres
“Avanços e desafios: por que a violência contra a mulher continua em crescimento?”. Com a busca de resposta para esta pergunta e soluções será aberta na Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), nesta quinta-feira (23/11) a IV Conferência Regional pelo fim da violência contra as mulheres, que prossegue até sexta-feira (24/11).
O evento é uma iniciativa da Rede de Enfrentamento a Violência contra às Mulheres de Montes Claros – Revicom e do Observatório Norte-Mineiro de Violência de Gênero da Unimontes. Conta com a parceria de movimentos de mulheres e instituições públicas voltadas ao enfrentamento da violência contra mulheres entre os quais, a Defensoria Pública de Minas Gerais, por meio do Núcleo Especial de Defesa dos Direitos da Mulher (NUDEM) e a Polícia Militar de Minas Gerais, por intermédio do Programa Patrulha de Prevenção da Violência Doméstica.
As atividades serão desenvolvidas no auditório do prédio 6 (Centro de Ciências Biológicas e da Saúde/CCBS) do campus-sede. A solenidade oficial de abertura acontecerá nesta quinta-feira, às 9 horas.
A conferência é coordenada pela professora e pesquisadora Cláudia de Jesus Maia, vinculada ao Departamento de História da Unimontes. Ela também coordena do Grupo de Pesquisa e Estudos Gênero e Violência (GPEG) e o Observatório Norte Mineiro de Violência de Gênero.
A professora Claudia Maia explica que a conferência tem como objetivo reunir diversos atores – ativistas, legisladores, acadêmicos, estudantes, profissionais de mecanismos de enfrentamento à violência, integrantes da Rede de Enfrentamento a Violência contra às Mulheres de Montes Claros e o público em geral da cidade e região – para discutir e analisar os avanços e desafios no combate à violência contra as mulheres.
O tema foi escolhido para destacar a necessidade de entender porque, apesar dos progressos feitos, a violência contra as mulheres continua a ser uma questão premente. “A conferência será espaço para diálogo e aprendizado para além de compartilhar experiências, criar um Fórum Regional de Enfrentamento à violência contra as Mulheres e trabalhar juntas para encontrar soluções eficazes para este problema persistente”, afirma a coordenadora.
Ela lembra ainda que, tradicionalmente, o evento no período de 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra mulheres, é lembrado e marcado em vários países, especialmente na América Latina.
O público-alvo da iniciativa é formado por estudantes, pesquisadores, profissionais e servidores de instituições públicas, privadas ou filantrópicas e policiais militares e civis. Busca ainda a participação de integrantes das redes de apoio às mulheres em situação de violência, todo cidadão ou cidadã interessada no debate acerca da violência doméstica e familiar contra mulheres.
“Pretendemos construir um espaço contínuo de debates, de trocas de experiências, de conscientização, de conhecimento e de proposição de ações que visem a construção de uma cultura de paz, de respeito aos direitos humanos com vistas à eliminação da violência histórica e cultural contra as mulheres”, assegura a professora Cláudia Maia.