Imprensa montes-clarense se despede de Zé Maria Repórter

Enlutada, a imprensa norte-mineira lamenta a morte de um dos grandes nomes do jornalismo policial e investigativo, José Maria Costa, o Zé Maria Repórter. Atualmente, Zé estava residindo no Asilo São Vicente em Bocaiuva, local onde faleceu na tarde desta segunda-feira (18/12).

A Associação dos Profissionais da Imprensa Mineira (APIM) manifestou em nota de pelo falecimento do Jornalista: “José Maria Costa, o famoso e popular Zé Maria Repórter, um dos ícones do da história de coberturas policiais da imprensa montes-clarense. Sua dedicação e profissionalismo fizeram dele uma referência respeitada tanto pelos colegas quanto pelas autoridades. Sempre será lembrado por sua integridade, lealdade e paixão por seu trabalho. Era um jornalista apaixonado, disposto a arriscar tudo para trazer a verdade à luz. Enviamos nossas mais profundas condolências à família e entes queridos de Zé Maria Repórter e oferecemos o nosso apoio neste momento difícil e partilhamos a sua tristeza por esta perda irracional.

O presidente da APIM, jornalista Aldeci Xavier, enfatizou que: “tenho orgulho de dizer que um dos meus professores na imprensa, principalmente como jornalista investigativo, foi Zé Maria Costa. Hoje, receber a notícia de que passará o restante da sua vida no Asilo em Bocaiuva nos entristece. Sabemos que está sendo bem cuidado e tem o carinho dos responsáveis pela entidade. Entretanto, pela sua história, merece continuar sendo referenciado por toda sociedade, especialmente os profissionais da comunicação. Em meio a uma imprensa hoje contaminada por interesses financeiros e militância política, lembro do início dos anos 1980, quando trabalhei na área policial com Zé Maria e me orgulhava pelo seu comportamento sério, ético e honesto. Independentemente de como será o final desta novela, os verdadeiros jornalistas da época continuarão tendo Zé Maria como referência.”

O jornalista Benedito Said também se manifestou nas redes sociais sobre o seu colega de imprensa: “José Maria foi meu companheiro no início da carreira jornalística. Gostava da investigação, coração amplo e amigo. Nós fizemos história juntos a partir da década de 1970, ele no Diário de Montes Claros, eu na Rádio Sociedade e o Jornal de Montes Claros. Nós apuramos crimes e contamos histórias do mundo de linotipo e máquinas de escrever. Triste”

Outro jornalista, Christiano Jilvan, acentuou que: “uma das pessoas mais fiéis que conheci! Zé parecia bravo, mas era puro! Meninão! Um personagem de confissões e partilhas diárias! E de ensinamentos! Repórter com ERRE MAIÚSCULO!”

A colunista Felicidade Tupinambá disse que: “Zé Maria deixa história. Que Deus o receba com todas as glórias.”

A jornalista Rosângela Silveira lembrou do acidente que Zé Maria foi vítima: “Lamentável! O pior é que foi vítima de um irresponsável, bêbado, que o inutilizou para o resto da vida. E como tinha pai rico, o irresponsável ficou sem punição. Que Zé seja recebido na luz e na paz. Descansa em paz, guerreiro. Minha admiração eterna.”

“Adeus a José Maria Costa, Zé Maria repórter.” Assim se despediu do colega, a jornalista Vandinha Gonçalves. “Um dos melhores jornalistas investigativo, respeitado pelas autoridades e pelos colegas. Um guerreiro.”

O presidente Fundação Hospitalar de Montes Claros (Hospital Aroldo Tourinho) e jornalista Paulo César Almeida, finalizou dizendo que: “hoje despedimo-nos de José Maria Costa, o famoso e popular Zé Maria Repórter, talvez o principal repórter de polícia da história da imprensa montes-clarense. Amigo e contemporâneo de redações, Zé inspirou gerações, transformou sua profissão em sobrenome e vai deixar saudades.”