Cimams, Amams e Codanorte defendem prorrogação do início do ano letivo

 Cimams, Amams e Codanorte defendem prorrogação do início do ano letivo

Devido às fortes chuvas que assolam os municípios do Norte de Minas e Vale do Jequitinhonha, O Consórcio Intermunicipal Multifinalitário da Área Mineira da Sudene – CIMAMS está mobilizando os municípios para propor ao Governo do Estado, o adiamento do ano letivo, programado inicialmente para o dia 10 de fevereiro. Em contato com dirigentes da Amams e do Codanorte, no sentido de unir forças e levar a reivindicação à Secretaria de Estado da Educação.

O presidente do CIMAMS, Adaildo Rocha, o Tampinha, prefeito de Curral de Dentro, manifestou preocupação diante de pedidos dos colegas, porque existe previsão de chuvas nos próximos dias e inviabilizaria consequentemente a realização do transporte escolar, principalmente da zona rural, devido às condições das estradas vicinais.

O dirigente argumenta que o adiamento do retorno das aulas é uma questão de segurança para os profissionais das escolas e dos alunos que vivem em áreas de risco, além de que nesse momento a prioridade é atender as comunidades. Por isso, propõe que seja levantado os problemas enfrentados em cada município, devido os efeitos provocados pelas chuvas, para dar entrada junto ao estado, com o pedido de prorrogação conjunta.

O prefeito de Vargem Grande do Rio Pardo, Gabriel Braz, acha oportuno desta decisão, tendo em conta que em seu município, as estradas foram completamente prejudicadas pelas chuvas, tornando-se impraticável para o transporte escolar.

Em Grão Mogol, O prefeito Diego Braga, também defendo o adiamento do calendário escolar e relata que a rota escolar é muito grande e as estradas estão muito danificadas pelas recentes chuvas.

O prefeito de Monte Azul, Saulo Feliciano, é favorável a prorrogação do calendário escolar e relata que a realidade do seu município se assemelha aos demais, com mais de 1500 Km de estradas rurais, que estão, segundo ele, em péssimas condições, o que afetará o transporte escolar nesse primeiro momento.

O prefeito de São João da Ponte, Fábio Madeiras, apoia o adiamento do ano eletivo, com início no dia 6 de março, antes disso, afirma, é impossível começar.

A prefeita de São João do Paraíso, Selma Morais, afirmou que está difícil cumprir o cronograma do governo, mas se não tiver outro jeito, vai ter que obedecer e começar as aulas. Já o prefeito de Gameleira, Carlinhos de Adelício, propõe uma discussão mais aprofundada sobre o assunto para encontrar uma solução que atenda a todos. Opinião também acompanhada pelos prefeitos de Catuti, Delermando França; de Claro dos Poções, Wanderlei Cardoso; o prefeito de Lagoa dos Patos, Hercules Vandi, e pela prefeita de Rubelita, Meirinha, que destacou ainda, que além das estradas, existe outra preocupação, como a aquisição da merenda escolar em tempo hábil, já que, segundo ela, não houve transição adequada, provocando grandes problemas financeiros. “Nesta segunda-feira teremos respostas se conseguiremos ou não comprar a tempo.” Completou.

O presidente da Amams, Ronaldo Soares Mota Dias, o Ronaldinho, prefeito de São João da Lagoa, se colocou à disposição de ser parceiro e sugeriu que a prorrogação seja de pelo menos 15 dias, ao invés do dia 10, iniciar no dia 24 de fevereiro. Destacou que os decretos de situação de emergência serão de extrema importância nessa questão, sugerindo aos municípios que foram afetados de tal maneira, se ainda não fez o decreto, é o 1º passo. “Solicitar junto ao estado, o reconhecimento de Estado de Emergência de todos os municípios do Norte de Minas.”

O presidente do CIMAMS informou que estará se reunindo com a assessoria jurídica da entidade para fazer contato com a Secretaria de Estado da Educação para apresentar a situação e em seguida levantar uma discussão, entendo que o prazo está curto e que vai implicar no calendário escolar em todo estado.

Arthur Amorim Júnior
ASCOM/CIMAMS

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