Cidade da Arte e Cultura se despede da escritora Amelina Chaves

A cidade da Arte e Cultura perdeu na madrugada desta terça-feira (23/01), uma das suas protagonistas, a escritora AMELINA CHAVES, aos 92 anos. Ela estava internada na Santa Casa de Montes Claros há uma semana após sofrer um AVC e faleceu por volta de 23h30 dessa segunda-feira (22).
Seu corpo foi velado no Centro Cultural Hermes de Paula e o sepultamento ocorreu por volta das 17 horas, no cemitério do Bonfim.

Em 2019, a escritora recebeu o título de Doutora Honoris Causa da Unimontes, pelo seu trabalho de valorização da cultura regional, abordada em várias obras.
Amelina deixa 10 filhos, 38 netos e 34 bisnetos.

Amelina Chaves será lembrada por todos nós como uma guerreira, uma mãe, mulher, avó, bisavó, mas sobretudo como escritora porque foi a partir dos seus livros que se tornou muito conhecida em Montes Claros e no Brasil”, falou o presidente da Academia Montes-Clarense de Letras, Edson Andrade.

Não escondia a sua trajetória de vida de uma infância simples, mas sempre ligada à leitura. “Era uma vila pobre anexo a Capitão Enéas. Tive uma vida simples, mas muito ligada a literatura, porque minha mãe era professora. Eu desde criança li Monteiro Lobato e falei ‘vou ser escritora’ e escrevi vários livros infantis. O primeiro foi esse ‘O menino que sonhava com as estrelas’. Eu acredito que a leitura é o caminho, a maior faculdade, porque desenvolve em todos os aspectos culturais. É um universo a leitura, só cresce lendo.”, afirmava

O ator, diretor e jornalista Eduardo Brasil se despediu da escritora, em sua rede social, ressaltando que: “dia triste… A partida de nossa querida Amelina Chaves, que eu chamava carinhosamente de “Primeira-dama das nossas letras”, dói no fundo da alma. Amelina tinha nosso amor, todo, amor verdadeiro, que agora se eterniza… Ele agora a tem em paz, por nós…”

A jornalista Vanda Gonçalves também se manifestou: “Adeus a Amelina Chaves.
A conheci quando entrei na Rádio Sociedade, tive o privilégio de sua amizade. Sempre com sabedoria nos orientava, as conversas eram ótimas, muito proveitosas. Nesta época ela artista e escritora eu no Centro Cultural, (Diretora Clarice Maciel) coordenando a feira de arte e artesanato da Praça da Matriz. Lembro também de estar sempre por lá Wanderlino Arruda, Olímpia, Samuel Figueira e tantos outros, foi quando firmamos amizade verdadeira. Amelina sempre muito inovadora, inteligente, apaixonada pela arte, teatro e cultura, uma mulher a frente do tempo. Deus conforte família e amigos. Vá na luz Amelina, vá encantar no céu. GRATIDÃO Amelina.

O jornalista Arthur Amorim Júnior foi outro que se despediu de Amelina Chaves, em suas redes sociais: “A CULTURA montes-clarina perdeu na madrugada desta terça-feira, uma das suas protagonistas, a escritora AMELINA CHAVES. Ao seu lado tive a honra de dirigir o espetáculo “QUAL É A COR DO AMOR” e era seu desejo que fizéssemos a segunda edição. Mas ela resolveu partir antes do lançamento. Pois é, MEL, a sua doçura, sensibilidade e alegria de viver serão legados que ficarão eternizados em nossa memória.”

SOBRE AMELINA CHAVES

Nasceu na zona rural de Francisco Sá, Amelina Chaves era apaixonada pela literatura e lançou cerca de 36 livros. Ela fazia parte da Academia Montes-Clarense de Letras e da Academia Feminina de Letras de Montes Claros.